quinta-feira, 22 de março de 2012

Natal cabra-da-peste

Sei que o Carnaval foi mês passado e estamos a um passo da Páscoa, mas resolvi postar hoje uma das minhas apresentações de Natal. “Como assim, apresentação de Natal?”, vocês podem perguntar. Acontece que minha madrinha adora inventar moda e me pediu, em 2007, para que eu escrevesse um auto de Natal para que eu e meus primos encenássemos.

Foi uma farra, porque minha família paterna é grande: meu pai tem dois irmãos e três irmãs. Assim, desde 2007, eu escrevo algo diferente para apresentarmos no dia 24 de dezembro. Já teve de peça infantil até montagem adaptada do clássico Conto de Natal, de Charles Dickens.

Em 2010, já não sabia mais o que tirar da cartola, então minha madrinha me disse para fazer um tipo de cordel de Natal. Achei muito legal a idéia, porque adoro a sonoridade desse tipo de poema. Então, pesquisei a história de alguns símbolos do Natal (Papai Noel, árvore, presentes) e escrevi o tal cordel.

Espero que vocês também curtam.

Cordel de Natal
Rita Cammarota
Hoje é dia 25
Dezembro, pleno verão
Reunimos a família
Sempre nessa ocasião
Pra celebrar a chegada
Do bom menino cristão

Pobre, numa manjedoura
Ele nasceu em Belém
Sua missão neste mundo
Foi disseminar o bem
“Amai ao próximo”, ele disse
“Ajudai ao que não tem”

Passaram-se muitos anos
Outro homem deu sinal
Barba branca, roupa verde
É símbolo do Natal
Mora na fria Lapônia
E se chama Nicolau

Não conhece o seu nome?
Já explico no cordel
Agora veste vermelho
Uns olhos da cor do céu
Descobriram de quem falo?
É o bom Papai Noel

Ali no canto da sala
Alegre, iluminada
De luzes, cores e bolas
E ricamente enfeitada
A árvore de Natal,
Brilha, brilha nesta data

Verde igualzinho dinheiro
Quer dizer fertilidade
Amor e renovação
E também prosperidade
Ao frio Natal alemão
Trazia felicidade

Todo ano a mesma coisa
Crianças impacientes
Ficam perto da árvore
Bem quietas e sorridentes
Para elas o Natal
É a entrega de presentes

E coitada da mamãe
Nas lojas o corre-corre
Procura aquela boneca
Que a menina muito adore
Um carrinho pro menino
Antes que o garoto chore!

E, que pena, esquecemos
O sentido do Natal
A ajuda e o amor
Tratar bem o nosso igual
E lembrar do bom menino:
“Não pagar o mal com mal”

Com a família reunida
E a ceia sobre a mesa
Com sorrisos e presentes
Brilhando como estrelas
Vamos dar as nossas mãos
Vai ficar uma beleza

Lembrar como é importante
O que diz o salvador
Ser fraterno e amigo
Tratar todos com amor
Que assim talvez o mundo
Possa vencer a sua dor

Espero que esta mensagem
Seja do agrado geral
Que rimas, versos, palavras
Tragam gosto, feito sal
Desejo que todos tenham
Um farto e Feliz Natal

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Este obra de Rita Cammarota, foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.