segunda-feira, 11 de junho de 2012

Equação

E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa toda forma de amor”
(Trecho de “Toda forma de amor”, de Lulu Santos)

Resolvi escrever dois textos para o dia dos namorados. Um para os solteiros e um para os comprometidos, enrolados, casados, etc. Escrever um texto para uma pessoa que está só é fácil. Agora, quando entra mais um ser humano na equação, que de fato vira equação, pois não há expressão de um termo só, as coisas mudam.
São duas cabeças, dois corações, duas idéias de mundo. Sempre impliquei com o termo outra metade ou alma gêmea, depois da adolescência, claro. Quem não percebeu que somos um inteiro, com experiências próprias, opiniões e ações? E equilibrar esta balança é que é o prazer e a dificuldade das relações.
O quanto ceder, nem tão pouco que o outro se anule, nem tanto, a perigo de se anular. O quanto esperar, o quanto fazer? Bom é estar com alguém que cresça junto com você, que ensine e aprenda, que facilite a sua vida. Vi isso num e-mail uma vez: “Relação serve para facilitar a vida dos dois. Caso esteja dificultando, algo está errado”.
É gostoso ter alguém ao lado, apoiando, cuidando de você. Sendo amigo, amante, confidente. A sensação do êxtase dos primeiros meses, a maturidade de um amor que não arrefece com o tempo. O amor que vira amizade, quase sem querer. Tantas formas de amor.
Atualmente, vejo reconhecidas formas de amor outrora castigadas, como o amor homossexual, por exemplo. Muitas pessoas do meu convívio condenam esse amor. Já eu acho que não se pode negar quem você é e como ama. Se você não faz mal a ninguém, sua forma de amor é justa, seja você homossexual ou heterossexual.
Para terminar, lembro dois versos de poetas contemporâneos: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida” (Vinicius de Moraes) e “Cuide bem do seu amor, seja quem for” (Herbert Vianna). Aos que se encontraram, felicidades neste dia. Aproveitem os segundos juntos, os carinhos, as conversas e até as reconciliações. Cuidem-se para que a equação esteja sempre equilibrada. E se terminar, não se diga que deu errado, mas que deu certo enquanto durou. Feliz Dia dos Namorados aos casais! E aos solteiros, novos e proveitosos encontros!

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Este obra de Rita Cammarota, foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.